--------ESPAÇO PARA ACTUALIDADES -----------------------MAIS NOTÍCIAS CLIQUE EM DESTAQUES

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

LEMBRO O MEU PAI - 9/9 – 2015



LEMBRO O MEU PAI!

9/9 – 2015




Hoje marcam sete anos no meu calendário desde que meu pai António da Silva Meireles faleceu.


O dia 9 de Outubro é sempre um dia difícil para mim, o dia de interrogação, o dia das perguntas, porque até agora tenho passado a fase de questionar o porquê, mas…

Este ano, as minhas perguntas parecem ter sido mais profundas que no passado e vou compartilhar, alguns dos meus sentimentos com os meus amigos, que me queiram ler isto porque eu ainda não tenho a maioria das respostas.
Sei que todos tiveram pai e mãe, ou até tem a alegria de os ter ao seu lado mas a verdade, é que além de todos serem especiais o meu pai era essencial.
Aqui eu me sento junto á sua sepultura, aos 51 anos de idade a me interrogar como é possível vagar nesta terra com 20 anos a menos, como devo neste momento no tempo em que o meu pai liderava, de certeza eu e todos lembramos excepto poucas pessoas, mas posso dizer honestamente porque eu sei, deixou-nos um legado.
Como muito do que eu sei sobre ele e do que deixou escrito, lembro-me do tempo que passei com ele, a partir de conversas, lembro-me, a partir da experiência em primeira mão e o que me foi dito sobre ele. Histórias e eventos que ouvi sobre, seus amigos e muito familiares que se preocupavam, filhos, irmãos, tias, tios, ou primos enquanto outros nem participavam.
Dizia e respondia quando necessário, “Quem faz alguma coisa chamam-lhes de utópicos ou revolucionários, mas a verdade é que quando o dizem: Não sabem dizer, nem fazer nada”
Reparem o que não se fez e agora se faz, foi dito várias vezes por ele, nunca permitiria baixar os braços, sem um tratamento das águas residuais do matadouro na carreira de tiro lançado no rio sousa, “ É um atentado ao ambiente na freguesia de Novelas”; depois a máxima “ Novelas é uma nação e quer um nome na estação”, nunca permitiria que a estação CF fosse arrastada para o deserto, “A estação que temos, reúne condições de localização, espaço suficiente e é dotada de uma área onde se podem fazer todas e quaisquer obras, incluindo estacionamento”. Joaquim de Barros sabia “…a contendo de alguns a estação foi levada para o deserto selvagem.”
Mas algumas pessoas precisam, uma ligação mais duradoura e mais forte, que movam montanhas para irmos para onde queremos ir.
Como sócio, fundador e presidente da APDF Novelas a freguesia apesar da longa batalha onde é que é que ela está, o que queremos afinal querem o que temos. Certo.
Dizia “…É fácil separar difícil é unir”; vamos aprender e quando chegar a hora vamos sair era a sua preocupação política… “ É mais importante saber sair que entrar”
E quanto é a extrapolação e fantástico o que que mais gostaria de ver no meu pai, era a sua frontalidade, meu pai e seus contemporâneos foram, por um lado, super-homens, sobreviveram, alguns, como ele por ter tomado o desafio na batalha que alguns consideravam inútil.
Por outro lado (especialmente de acordo com a atitude), outros havia que nem sequer se levantavam para lutar.
Hoje aprendi e quem dirá se foi uma causa, que a nossa lembrança do evento passado é armazenada no nosso cérebro, como a nossa última memória do evento e não como o próprio evento, assim como o dia da sua passagem, é impossível continuar a vida de uma forma contínua no passado.
Mas eu nunca me vou esquecer, que partiu no dia 9 de setembro de 2008, e que aprendi com ele que cada um de nós tem que continuar com a vida, embora algumas pessoas precisem, de mais tempo que outras para aceitar.
Esta foi a sua posição minimalista?
Obrigado pai, por me ensinares a ler e escrever.
Reinaldo Frederico Barbosa Meireles