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domingo, 27 de abril de 2014

O MÉRITO DOS AUTARCAS


Comemorações 
40º aniversário do 25 de Abril em Penafiel

No passado 25 de Abril, comemoraram-se os 40 anos da Revolução dos cravos, acontecimento que se revestiu de especial significado para toda a comunidade, iniciando às 17h30 com declamação de Poesia alusiva ao 25 de Abril no Museu Municipal, seguindo-se pelas 18h00 a Sessão Solene Comemorativa do 40º Aniversário do 25 de Abril finalizando pelas 19h30 com um Jantar de Homenagem aos Presidentes dos Órgãos Autárquicos no Pavilhão de Feiras e exposições.
A instituição do Poder Local Democrático foi uma das maiores conquistas do regime democrático. As autarquias Locais operaram profundas transformações sociais, que se refletiram numa evidente melhoria das condições de vida da população.
Por esse motivo a Câmara Municipal de Penafiel, representado pelo Sr. Presidente, realizou nesse dia um Jantar de Homenagem a todos os Presidentes doa Órgãos Autárquicos de Penafiel, eleitos desde 1976, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do concelho de Penafiel nos últimos 40 anos.
Lamentando a circunstância de nem todos poderem vivenciar esse momento, foi com um grande orgulho que honrei e representei António da Silva Meireles meu pai, presenciando e recebendo a merecida medalha de homenagem, no dia 25 de Abril, com a participação nas comemorações da efeméride.
Seria naturalmente com muito exultação que António da Silva Meireles, presenciaria este momento se fosse vivo, pois o ato comemorativo do 25 de Abril foi sempre um ideal por ele defendido. Com ele aprendi que liberdade é muito, mas muito mais. Apesar de nunca ser, reconhecia ser injusto ser preso para se saber o verdadeiro valor da liberdade. Eu sei bem qual o seu valor e tal como António da Silva Meireles eu amo a liberdade.
Por tal facto fui da opinião que as posturas diplomáticas permitem estar de bem com toda a gente, se sumariamente traduzirmos a afetividade de cada um, para com o outro.
A energia criativa do mais elementar, manifestou-se sempre numa grande indiferença, em que a dor me ensinou a ter uma sensibilidade vital.

Penafiel 26 de Abril de 2014


sábado, 26 de abril de 2014

PARADA DE TODEIA


40 ANOS DE 25 DE ABRIL


No dia 24 de Abril de 2014 a Junte de Freguesia de Parada de Todeia comemorou o 25 de Abril com uma maravilha musical que dignificou este dia "A revolução dos cravos".
A marcar o espetáculo Carlos Cunha, Fernando Ribeiro, Francisco Carvalho, fizeram questão em lembrar este dia como foi vivido em 1974 quando o povo, foi unido e não permitiu a continuação da opressão e da ditadura imposta que perdurava aproximadamente há 48 anos.
A Junta de Freguesia de Parada de Todeia à semelhança de outros anos com compromisso assumido, vincou e discursou na voz do Sr. Presidente da Junta e Presidente da Assembleia Municipal com um marco na Freguesia, seguido com muita atenção e um público fantástico.
Foi uma forma de não esquecer Abril nestes quadragésimo aniversário comemorativo, num contexto apertado lembrou-se aos mais novos, às novas gerações, tal como se vivia numa ditadura imposta por salazar. Lembraram, a fome de muitos, a opressão de outros, e a ditadura para todos vivida nesse tempo, semelhante ao caminho hoje trilhado como não não sendo o caminho a seguir. "Acentuou-se que se estava a andar muito para trás."
Eram tempos em que se valorizava a liberdade, tempos diferentes.
Quando se sabia que se tinha saído em liberdade, faziam festa a correr pela casa a gritar "Ele foi solto! Ele saiu em Liberdade!"
Tremia-se de emoção, chamavam-se os amigos e começava-se a planear, hoje não é possível imaginar,  quanta diferença poderia fazer uma pessoa livre!
Alguém podia ser condenada à prisão num tempo de ditadura, de opressão, após ter sido denunciado por outro à polícia de Intervenção num tempo de fascismo! Mas Liberdade para o povo que vivia na escravatura era muito por isso todos tinham receio de ser presos. Liberdade era muito mais que se possa imaginar, hoje somos livres presos sem fazermos nada.
"O povo grita a sete ventos que...Fascismo nunca mais, ditadura nunca mais, mas não passa disso!
E se decidirem manter a ditadura, fingindo que é uma democracia, se o dizem o povo acredita!
Ter a Liberdade de se expressar e ser desprezado é Democracia? Democracia é expressar-se e ser ouvido.
Não existe prisão mais eficaz e duradoura, que a falsa ilusão de liberdade.
Parecemos uns tontos com o cadafalso à frente, a caminhar para ele, a defender os carrascos e a jurar a pés juntos, que não, jamais!
Mas a ditadura moderna não usa a violência física, é mais sofisticada, abusa da repressão, da exploração, da censura, da manipulação, e usa como ferramenta mais eficaz, os meios mais absurdos usam os Chico espertos para marginalizarem os inteligentes.
Quando se ouve ou lê estas verdades, ficamos “estarrecidos e revoltados, tentamos alcançar vitórias, e o mundo parece cheio de oportunidades para mudanças. Mas a verdade é urgente, e começar a mudar o futuro de todos nós com esperança por tudo o que podemos alcançar juntos, é o caminho certo.
Quando as palavras terminaram começaram as cantigas de Zeca Afonso que deram o impulso necessário para as comemorações que muito fizeram para manter vivo o espírito de Abril e quando parecia terminar José Silva, subiu a palco e pediu ao Santo António para ajudar o povo sofredor. O público aplaudiu em solidariedade e a junta de Freguesia de Parada de Todeia agradeceu e ofertou aos participantes uma lembrança, como forma de retribuição do brilhante espetáculo que dignificou os 40 Anos do 25 de Abril!

Viva o 25 de Abril!
Penafiel 26 de Abril de 2014


sexta-feira, 25 de abril de 2014

SESSÃO SOLENE COMEMORATIVA DO 25 DE ABRIL


 25 de Abril em Penafiel

 No passado dia 25 de Abril, decorreu no Museu Municipal de Penafiel dia da Revolução dos Cravos, a abertura das comemorações com a entrega de prémios da exposição de trabalhos, realizados no âmbito do concurso escolar “25 de Abril 40 anos de liberdade.


A atuação do coletivo “Stand-up Poetry”, uma declaração de poesia alusiva ao 25 de Abril, a cargo de Rui David, Renato Cardoso e Isaque Ferreira, o preenchimentos de um recital de piano, e a voz “Zeca Afonso por Rui Baeta” enriqueceram as comemorações neste 40º aniversário do 25 de Abril .

Às 18h00 seguiu-se a cerimonia solene das comemorações que contou com a presença do Ex.mo Senhor Presidente da câmara Municipal de Penafiel, e vários deputados em declarações alusivas ao 25 de Abril no seu 40º aniversário.

Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Jesus Ferreira, deputado do PCP, Luísa Sampaio, deputada do PS, Alexandra Almeida, deputada do CDS/PP e José Coelho Ferreira, deputado do PPD / PSD, recordaram os valores do 25 de Abril
 “Passados 40 anos, seria importante e fundamental homenagear aqueles que lutaram em nome da democracia, de forma quase anónima, e também a todos os que contribuíram para a melhoria qualitativa do município de Penafiel”
  Viva o 25 de Abril!




Penafiel 26 de Abril de 2014



terça-feira, 15 de abril de 2014

AMIGOS DO ARQUIVO DE PENAFIEL

CONFERÊNCIA, VIEIRAS DA CONCA.


No dia 12 de Abril às 15 horas no auditório do Arquivo Municipal de Penafiel, os Amigos do Arquivo, realizaram a conferência, Vieiras da Conca. Desde inícios do século XVI até finais do século XVII, cerca de duzentos anos de história, da autoria do Engenheiro Gaspar Menezes.
José Gaspar Vieira Cabral de Magalhães e Menezes, natural da freguesia da Sé do Porto, nascido a dois de Dezembro de 1961, é casado e com dois filhos.
Descendente de famílias com sólidas raízes em Penafiel, tem formação académica de Engenheiro Zoo-técnico, pela Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro. Actualmente encontra-se a finalizar a tese de mestrado em Engenharia Zootécnica na referida Universidade, onde frequentou vários cursos, destacando-se o de Auditor de Defesa Nacional, de Lisboa.
A actividade profissional, prende-se como profissional na área de aquicultura e pesca e como investigador de História e Genealogia, tendo colaborado na pesquisa realizada pelo Doutor Eugénio da Cunha e Freitas e o Doutor Francisco Maia e Castro na Investigação sobre a Casa do Carvalhal, da freguesia de Guilhufe, inserido nos “Carvalhos de Basto”, Volume III.
As suas publicações assinadas como Gaspar Vieira, tais como a representação Genealógica de Álvaro Vieira Dinis, Morgado de Nossa senhora do Loreto e de sua mulher Catarina Fernandes Baião, em 2012, com edição do autor: Araújo Sodré de Castelo de Paiva (do Século XVI ao Século XIX) em 2013, também com edição do autor.
O futuro avizinha-se com mais trabalhos sobre famílias de Penafiel.
Numa síntese o autor Gaspar Vieira descreve:
«"Vieiras, da Casa e Quinta da Conca.
Na região do actual concelho de Penafiel existiram várias famílias que se destacaram das demais, que devido ao seu passado histórico, no contributo da afirmação da nacionalidade, aos cargos destacados que ocuparam ao longo dos séculos nas mais diversas instituições locais e nacionais, merecem ser recordadas pelos exemplos que deixaram de modo a impedir que o tempo as renegue para o esquecimento.

A família mais antiga existente em Penafiel é sem dúvida a dos Barbosas, da Honra de Barbosa, cuja história se perde no tempo. Julga-se existente antes do início da Fundação do Além dos Barbosas e de outras destacam-se os Vieiras, da Casa e Quinta da Conca, em Entre-os-Rios, com registos de meados do século XV. Mantiveram esta propriedade até finais do século XVII, que por disposição testamentária saiu da posse da família. Ficaram conhecidos como Vieiras da Conca. Raramente habitaram esta propriedade pois administravam o Morgadio e Capela de Nossa Senhora do Loreto, no Mosteiro de São Domingos, do Porto e pelas regras de sua instituição estavam impedidos de “morar” fora desta.
Afirmam os nobiliários que esta família era proveniente de Vieira do Minho, tendo Rui
Vieira, “honrado fidalgo” como antepassado mais antigo, registando a sua existência no tempo dos Reis Dom Afonso II e Dom Sancho II. Posteriormente deslocam-se para Guimarães e daqui  para o Porto, onde por casamento vêm a deter a administração do referido morgadio.
Nestes Vieiras, da Conca, segundo os nobiliários encontrava-se a chefia de linhagem desta família, sendo considerada no tempo do Rei Dom Manuel I como fazendo parte das principais de Portugal, tendo as suas armas no conhecido tecto da Sala dos Brasões do Paço.
Suportado em fonte documental primária encontra-se descrita a referência a Álvaro Vieira Dinis e sua mulher Catarina Fernandes Baião, senhores da Quinta da Conca, na primeira metade do século XVI. Num processo de habilitação a Familiar do Tribunal do Santo Ofício, de 1710, de um seu descendente, é reconhecido que Álvaro Vieira Dinis “era o Chefe da Familia Vieyra donde procedem todos os Vieyras verdadeiros deste Reyno”.
Na palestra apresentada no Arquivo Municipal de Penafiel no dia 12 de Fevereiro descreveu-se a descendência deste casal e sucessão nas suas propriedades e vínculos, com todas as vicissitudes inerentes até meados do século XIX. Com referência a vários membros desta família, terminando no Padre Joaquim de Magalhães e Menezes, nascido em São Martinho de Arrifana do Sousa em 11 de Agosto de 1.823, que foi fundador e primeiro Director do Colégio de Nossa Senhora do Carmo, de Penafiel, considerado um notável estabelecimento de ensino em toda o Vale do Sousa e arredores durante quase 100 anos.
Perafita, 14 de Abril de 2.014"»
Na minha opinião esta não foi uma conferência maçuda mas sim explícita onde a amostragem feita pelo autor Gaspar Vieira, arrastou ao procedimento de uma pesquisa exaustiva nos diversos documentos nomeadamente no Arquivo Municipal de Penafiel, e que o ajudou a desenredar as origens de famílias distintas.
De uma maneira geral, os pesquisadores aplicam questionários que garantem a participação de todos os que procuram a ligação nos seus antepassados, como buscamos uma representatividade das diferentes famílias, como é fácil partir na procura do desconhecido e ser surpreendido muitas das vezes com o que encontramos.
Digamos que é uma estratégia que reduz a probabilidade de esguelha na amostra mas aumenta a informação genealógica disponível de cada um na comunidade.
Claro que foi fascinante, uma maravilha!
Eu gostei saber mais de Vieiras da Conca.

Penafiel 13 de Abril de 2014