Passaram 27 anos sobre a morte
do cantor e compositor José Afonso, uma das maiores referências da música
popular portuguesa que se notabilizou por ter sido o autor da canção senha da Revolução do 25 de Abril, «Grândola, Vila Morena».
Foi a 23 de Fevereiro de 1987, com 57 anos que nos deixou a esperança de um pais melhor, era eu um jovem com 23 anos que via partir uma das figuras, que marcou e marcará as gerações ao longo da história. Incomparável ao nível de solidariedade e fraternidade, e a nível musical poderíamos comparar “Pete Seeger como um Zeca Afonso norte-americano, ou então (...) um Bob Dylan, John Lennon, Léo Ferré ou mesmo, um Jacques Brel" ao mesmo nível.
Foi a 23 de Fevereiro de 1987, com 57 anos que nos deixou a esperança de um pais melhor, era eu um jovem com 23 anos que via partir uma das figuras, que marcou e marcará as gerações ao longo da história. Incomparável ao nível de solidariedade e fraternidade, e a nível musical poderíamos comparar “Pete Seeger como um Zeca Afonso norte-americano, ou então (...) um Bob Dylan, John Lennon, Léo Ferré ou mesmo, um Jacques Brel" ao mesmo nível.
José Afonso, foi sem sombra de dúvidas, um dos melhores compositores da época e cantor
português cuja canção “Grândola, Vila Morena", foi utilizada
como senha pelo MFA e transformou-se em símbolo na revolução de Abril.
A sua solidariedade deixou uma
marca pela libertação de um País que se encontrava oprimido, Portugal tinha tido o mundo nas
suas mãos e deixara-o escapar, depois teve a oportunidade de se libertar da opressão e ditadura definitivamente, de forma a que fosse possível viver num país igualitário, mas viveu uma ficção, uma utopia. E porquê? Por se ter passado 40 anos a fanfar ou bufar. Liberdade é muito, por isso amo a liberdade e deixo o meu pensamento livre, a Liberdade no termo correcto da palavra, cada vez mais a fugir e a
opressão cada vez mais a aumentar.
Como se não chegasse a ditadura, hoje
camuflada e conivente, assistimos serenamente, ao
churrasco, à musica pimba, ao emplastro no ranking europeu e claro o garrafão
de vinho a simbolizar a Cultura Portuguesa.
Foram anos seguidos a facilitar, as dificuldades a aumentar, cada vez mais injustiças, os mais Jovens a emigrar, os mais pobres, os mais velhos e os mais necessitados com dificuldades a dobrar.
Foram anos seguidos a facilitar, as dificuldades a aumentar, cada vez mais injustiças, os mais Jovens a emigrar, os mais pobres, os mais velhos e os mais necessitados com dificuldades a dobrar.
Às vezes dou comigo a pensar,
o que ando eu a aprender, porque defendo o meu País se isto prevalece e está a acontecer! Só a voz do Zeca colocada neste elenco musical,
nos dá esperança de acreditar que é possível sonhar neste sistema cruel.
Passaram 27 anos, o cantor da resistência à ditadura foi homenageado por todos os que
estiveram presentes na voz, de Carlos Andrade, José Silva e João Teixeira e a brilhante poetiza Lourdes dos Anjos.
Carlos Andrade – José Silva e João Teixeira - ente as variadas cações cantaram as mulheres guerreiras com a Mulher da Erva, a canção de
Embalar tal como o Zeca Afonso sensível com as crianças, a balada Outono alertou para a
condição de um povo explorado, e o seu carácter de lutador.
Lourdes dos Anjos esteve ao mais
alto nível, com poesias de Ary dos Santos “ Isto vai meus amigos, isto vai.”
Apesar de irónico, tímido,
raramente sorria. O Zeca era distraído ao ponto de andar com uma meia de cada
cor, o Zeca era muito mais, era um canto-autor abstraído e com convicções e princípios.
Soube do 25 de Abril às cinco da
madrugada, quando bateram à porta da casa do amigo Mário Reis, que lhe dera
dormida depois do Zeca lhe ter dito na véspera, que a PIDE tentara prendê-lo em
Grândola, onde tinha casa.
Zeca Afonso sofria de esclerose lateral
amiotrófica, doença neurodegenerativa progressiva fatal que o afastou dos
palcos a partir de 1983 e morreu em Setúbal, a
23 de Fevereiro de 1987, aos 57 anos.
Um GÉNIO, HOMEM entre os Homens.
Que falta nos faz o Zeca!
Um GÉNIO, HOMEM entre os Homens.
Que falta nos faz o Zeca!
Penafiel 23 de Fevereiro de 2014